Mestres do meu Destino
Quem sou eu, senão a cria do ensinamento de meus mestres.
Estes mesmos mestres que são protetores de seus seguidores.
Bondosos e orgulhosos que às vezes deixam passar “a lo largo” minha mediocridade.
Aproprio-me da sabedoria, sem nem ao mesmo retribuir com algo realmente digno do ensinamento recebido.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
Porto Alegre cidade estranha
Moro numa cidade que não tem mar.
Mas tem praia e Rua Da praia.
Tem a Travessa Mário Cinco Paus, nome esquisito, têm também umas esquinas esquisitas do outro Mário, o Quintana, poeta maior da cidade que não tem mar.
Tinha uma Rua da Ladeira, a ladeira ainda está lá, mas a rua, tem agora nome de general.
Tem um lago que já foi rio, estranho o rio virou lago em outro lugar o sertão virou mar...
Tem também alguns largos.
Largo que será isto?
Glenio Peres, dos Açorianos, da Epatur.
Tem o Brick dos domingos na Redenção, quem será que foi redimido de que?
Tem a Usina do Gasômetro e sua chaminé e a Buzina do Gasômetro com sua música e músicos da cidade sem mar.
Tem cidade baixa, não tem cidade alta, mas tem morros, o da Polícia, do Osso, Santa Tereza e outros.
Tem por do Sol mas não tem por da Lua. Será que a Lua se põe?
Moro na cidade de muitas árvores, que me dá saudade no verão, vontade de fugir no inverno e uma agonia constante quando estou longe.
sábado, 7 de agosto de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Bury my heart at Wounded Knee
Garimpando na biblioteca de minha mãe, que reune os livros de nossa infância e adolescência com os muitos que ela ganha de meu irmão, o Pedro, achei esta jóia, que ganhei de presente ou me apropriei, nem lembro mais.
Reproduzo abaixo uma parte da apresentação do livro que foi feita por Geraldo Galvão Ferraz (o tradutor). A capa é de Alfredo Aquino. Esta tradução foi publicada pelo Círculo do Livro nos anos setenta.
" Nos velhos tempos em que o mocinho ganhava do bandido e casava com a mocinha, ninguém era mais bandido que o índio.
Quando os pacíficos colonos vinham falando de uma nova terra prometida, a câmara ia para os altos das escarpas e era inevitável: lá estavam as silhuetas odiadas.
Confusão. Berros. O mocinho dava ordens, os carroções ficavam em círculo. Corte. Um índio velho, cheio de penas, dava um berro ou agitava uma lança. Lá ia o bando de gente pintada berrando. Corte. O mocinho fazendo careta, dizia para o idiota ao lado que não devia atirar."Espere! Temos pouca munição!"
Lá vinham os índios, o mocinho dizia "agora!" e começava a cair gente pintada do cavalo. Mas a pouca munição provocava caretas desesperadas no mocinho, cercado de gente ferida. Até o idiota estava ferido quando a mocinha (que estava carregando os rifles) dizia que era a última carga, soava o clarim salvador da Cavalaria e milhões de Casacos Azuis encurralavam um punhado de índios, acabando com todos. Beijo final. The End.
Mas, e a verdade? Enterrem meu coração na curva do rio(Bury My Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown, conta o outro laldo da história, é uma História Índia do Oeste Americano.
Os mocinhos, de repente, não tem a pele branca. Pelo menos, a maioria. Tem nomes que, nos filmes, eram perseguidos por bandos comandados por John Wayne, Henri Fonda ou James Stewart: Cochise, Gerônimo, Nuvem Vermelha, Cavalo Doido, Victorio, Touro Sentado, Galha........
A tal gente pintada que berrava é um povo altivo, nobre, com uma cultura própria, que só entra em guerra defendendo o direito de viver nas terras que sempre foram suas. Contra eles, um dos maiores exércitos da época, armado com as últimas descobertas da tecnologia bélica para enfrentar mosquetões obsoletos e arcos e flechas.
Os brancos guardam a memória dos massacres Fetterman e de Little Big Horn, onde morreu o General Custer. Ficou relegado aos livros especializados e aos documentos de difícil acesso o grande numero de massacres de aldeias índias, com morte a sangue frio de velhos, mulheres e crianças. Massacres que, comparados a My Li, são como um filme de Sam Peckimpah ao lado de um desenho de Walt Disney.
Obs.: Mantive a grafia do original do tradutor.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Aldeões Universais II
A aldeia torna-se o centro do universo
Quando a voz aldeã
Concentra em si própria
A dor e o amor
De todas as terras.
O choro da mulher e das crianças
As danças
São iguais
Com as mesmas lágrimas e risos
Menos ou mais coloridas
Mais ou menos sofridas ou ridas
A vida se repete
Em todas as eras e terras.
Em vidas
Nada é novo
O homem dança e ri
Chora e trama.
Ama.
Como sempre foi
Em todos os lugares
Nas camas e bares
Mesmo antes de haverem
Camas...e bares.
domingo, 4 de julho de 2010
Aldeões Universais
Como ser universal
Em uma aldeia tão pequena?
Como falar ao coração do mundo
Estando no fundo do esquecimento.
Como ser ouvido por todos?
Sendo tão poucos aqui.
Como ir longe?
Estamos distantes e sem caminhos.
É, mas alguns conseguiram
De suas aldeias o vento carregou
Seu canto, suas palavras
Suas idéias de aldeões universais.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Mulheres.................................
Elas sabem
Quando o seu sorriso
Ilumina o dia
Elas sabem sim
Que quando olham o vazio
Derrubam a realidade
Levam-nos a sonhar
Lindas
Maravilhosas
Inocentemente maldosas
São as musas
De noites insones
E dias insanos
Quando o seu sorriso
Ilumina o dia
Elas sabem sim
Que quando olham o vazio
Derrubam a realidade
Levam-nos a sonhar
Lindas
Maravilhosas
Inocentemente maldosas
São as musas
De noites insones
E dias insanos
quinta-feira, 17 de junho de 2010
FELIZ ANIVERSÁRIO NECÃO
Vida longa
Como longos foram teus cabelos,caminhos e rumos
Tenha a mente clara
Como claros são teus olhos que nos iluminam e inspiram.
Sou egoísta
Desejo tua felicidade
Esta sendo tua
Também é minha.
Como longos foram teus cabelos,caminhos e rumos
Tenha a mente clara
Como claros são teus olhos que nos iluminam e inspiram.
Sou egoísta
Desejo tua felicidade
Esta sendo tua
Também é minha.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Amizades Distantes II
Não conheci esta semente,
Dos frutos,um só
Mas os sons da árvore
chegaram fortes, limpos, lindos
Necão o fruto conhecido
Sid e Nina ouvi falar
Seu Mário, a semente
Vive para sempre.
Dos frutos,um só
Mas os sons da árvore
chegaram fortes, limpos, lindos
Necão o fruto conhecido
Sid e Nina ouvi falar
Seu Mário, a semente
Vive para sempre.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Amizades Distantes
As sementes sopradas pelo vento.
As lembranças do doce da doce infância fez o que tu és.
Entre cafés e açucares tornaste a crônica de tua infância universal.
Lamento a triste distância,comemoro a alegria da tua palavra.
Sinto uma brisa vinda do teu sorriso tocar minhas lembranças.
Um abraço que só os amigos distantes podem dar.
As lembranças do doce da doce infância fez o que tu és.
Entre cafés e açucares tornaste a crônica de tua infância universal.
Lamento a triste distância,comemoro a alegria da tua palavra.
Sinto uma brisa vinda do teu sorriso tocar minhas lembranças.
Um abraço que só os amigos distantes podem dar.
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