terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Delvan Fragmentos VI

Banco de Imagem - baixo, ângulo, 
vista, encruzilhadas, 
sinal, variedade, 
destinos. fotosearch 
- busca de fotos, 
imagens e clipart

Eu ainda procuro a encruzilhada mortal
Onde o rumo que eu escolher será o juiz do meu destino.
O resto é sonho.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NOVO RUMO, NOVA VIDA, NOVO ANO

Segura 2011 pelos chifres
Faça do sonho realidade
Tenha na mão a verdade
No coração serenidade
Nos olhos a fantasia
E esperança no próximo dia
Saúde, paz e sucesso a todos


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Blues

Estava em Curitiba, num bar chamado “Hora Extra” a banda da casa começou a tocar e lembrei que gosto  Blues.
Como pode ser?
Esqueci que gostava de Blues, como alguém em sã consciência esquece que gosta de Blues?
Deve ser porque não se ouve mais Blues, não há mais Blues, não se fazem novos Blues.
Por favor, alguém toca ai um  Blues, ou melhor seria, um velho Blues.

B.B. King - Blues Boys Tune

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Delvan Fragmentos V

Mestres do meu Destino
Quem sou eu, senão a cria do ensinamento de meus mestres.
Estes mesmos mestres que são protetores de seus seguidores.
Bondosos e orgulhosos que às vezes deixam passar “a lo largo” minha mediocridade.
Aproprio-me da sabedoria, sem nem ao mesmo retribuir com algo realmente digno do ensinamento recebido.

domingo, 5 de setembro de 2010

Porto Alegre cidade estranha


Moro numa cidade que não tem mar.
Mas tem praia e Rua Da praia.
Tem a Travessa Mário Cinco Paus, nome esquisito, têm também umas esquinas esquisitas do outro Mário, o Quintana, poeta maior da cidade que não tem mar.
Tinha uma Rua da Ladeira, a ladeira ainda está lá, mas a rua, tem agora nome de general.
Tem um lago que já foi rio, estranho o rio virou lago em outro lugar o sertão virou mar...
Tem também alguns largos.
Largo que será isto?
Glenio Peres, dos Açorianos, da Epatur.
Tem o Brick dos domingos na Redenção, quem será que foi redimido de que?
Tem a Usina do Gasômetro e sua chaminé e a Buzina do Gasômetro com sua música e músicos da cidade sem mar.
Tem cidade baixa, não tem cidade alta, mas tem morros, o da Polícia, do Osso, Santa Tereza e outros.
Tem por do Sol mas não tem por da Lua. Será que a Lua se põe?
Moro na cidade de muitas árvores, que me dá saudade no verão, vontade de fugir no inverno e uma agonia constante quando estou longe.

domingo, 11 de julho de 2010

Bury my heart at Wounded Knee


Garimpando na biblioteca de minha mãe, que reune os livros de nossa infância e adolescência com os muitos que ela ganha de meu irmão, o Pedro, achei esta jóia, que ganhei de presente ou me apropriei, nem lembro mais.
Reproduzo abaixo uma parte da apresentação do livro que foi feita por Geraldo Galvão Ferraz (o tradutor). A capa é de Alfredo Aquino. Esta tradução foi publicada pelo Círculo do Livro nos anos setenta.

" Nos velhos tempos em que o mocinho ganhava do bandido e casava com a mocinha, ninguém era mais bandido que o índio.
Quando os pacíficos colonos vinham falando de uma nova terra prometida, a câmara ia para os altos das escarpas e era inevitável: lá estavam as silhuetas odiadas.
Confusão. Berros. O mocinho dava ordens, os carroções ficavam em círculo. Corte. Um índio velho, cheio de penas, dava um berro ou agitava uma lança. Lá ia o bando de gente pintada berrando. Corte. O mocinho fazendo careta, dizia para o idiota ao lado que não devia atirar."Espere! Temos pouca munição!"
Lá vinham os índios, o mocinho dizia "agora!" e começava a cair gente pintada do cavalo. Mas a pouca munição provocava caretas desesperadas no mocinho, cercado de gente ferida. Até o idiota estava ferido quando a mocinha (que estava carregando os rifles) dizia que era a última carga, soava o clarim salvador da Cavalaria e milhões de Casacos Azuis encurralavam um punhado de índios, acabando com todos. Beijo final. The End.
Mas, e a verdade? Enterrem meu coração na curva do rio(Bury My Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown, conta o outro laldo da história, é uma História Índia do Oeste Americano.
Os mocinhos, de repente, não tem a pele branca. Pelo menos, a maioria. Tem nomes que, nos filmes, eram perseguidos por bandos comandados por John Wayne, Henri Fonda ou James Stewart: Cochise, Gerônimo, Nuvem Vermelha, Cavalo Doido, Victorio, Touro Sentado, Galha........
A tal gente pintada que berrava é um povo altivo, nobre, com uma cultura própria, que só entra em guerra defendendo o direito de viver nas terras que sempre foram suas. Contra eles, um dos maiores exércitos da época, armado com as últimas descobertas da tecnologia bélica para enfrentar mosquetões obsoletos e arcos e flechas.
Os brancos guardam a memória dos massacres Fetterman e de Little Big Horn, onde morreu o General Custer. Ficou relegado aos livros especializados e aos documentos de difícil acesso o grande numero de massacres de aldeias índias, com morte a sangue frio de velhos, mulheres e crianças. Massacres que, comparados a My Li, são como um filme de Sam Peckimpah ao lado de um desenho de Walt Disney.

Obs.: Mantive a grafia do original do tradutor.